terça-feira, 24 de agosto de 2010

DERRUBANDO MURALHAS


DERRUBANDO MURALHAS
Js.1.9; 6.1-21

Quando nos propomos a examinar cuidadosamente os aspectos
envolventes da narrativa do texto de Josué, podemos, sem muito
esforço compreender como Deus, pelo seu poder realizou o que para
os homens era impossível.
A cidade de Jericó (seu nome provavelmente significa “Cidade Lua”,
um lugar de adoração) era soberbamente fortificada e como a maioria
das cidades daquela época, ficava situada em local privilegiado, de
onde facilmente se poderia avistar a aproximação de inimigos.
E é examinando a cidade que Josué é encontrado pelo anjo do Senhor
que lhe faz exigências bem definidas.
Para entrar naquela cidade era necessário colocar à baixo as
inexpugnáveis muralhas que a circundavam. O povo estava
aquartelado lá dentro, mas com muito medo dos filhos de Israel.
Como transpor tão enormes muralhas? Era um problema sem solução.
Mas eles precisavam vencer Jericó.
Deus tem a receita certa para a ação. Santificação e Obediência .
I - SANTIFICAÇÃO
Santificação Descalça as sandálias dos pés porque o lugar em que
estás é santo. (Js.5.13).
Através da santificação torna-se possível identificar as Muralhas que
nos rodeiam. É possível, por exemplo, ver as seguintes muralhas:
Incertezas Até aquele momento presente provavelmente muitas
dúvidas pairavam sobre a cabeça de Josué e seu exército. Podemos
especular um pouco e dizer que Josué estava observando a cidade, com
muitas questões na mente, até mesmo de ordem teológica. Quem sabe,
Deus nem quisesse mesmo que ele entrasse em Jericó.
Ou ainda, seria possível, com os homens de que dispunha, vencer
aquela cidade? Não seria um temeridade arriscar a segurança de toda
uma nação?
Assim, estas podem ser as incertezas que estejam turvando nossas
mentes no dia de hoje... uma muralha realmente grande e forte.
Ansiedade Tanto tempo lidando com os homens no deserto,
lutando, conquistando. Tudo isto deixou Josué com os nervos a flor
da pele. Tomar decisões de cunho político, estratégico e de vida ou
morte, mexe com a estrutura de qualquer um. Jericó era uma
importante conquista pois seus habitantes eram homens hábeis na
guerra. Tudo isto causava uma grande ansiedade. A ordem de Deus
era severa. Não deixar pedra sobre pedra. Nas situações habituais
que enfrentamos, temos recebido ordens expressas de Deus para
prosseguirmos, porém a ansiedade pode se constituir numa enorme
muralha, uma armadilha até, na qual muitos se têm enroscado. É no
momento da ansiedade que se deve olhar para o Senhor.
Covardia O medo de enfrentar aquelas enormes muralhas poderia
levar Josué a ter um comportamento covarde naquela hora
importante. Ao observar de longe a cidade, Josué via somente seus
portões(v.1). No entanto o Senhor disse que havia entregue Jericó
em suas mãos. Não era hora para covardia. Parece que nem sempre
agimos de acordo com isto. Preferimos olhar de longe os portões de
nossas muralhas particulares e com desculpas esfarrapadas nos
acovardamos.
Discórdias O grande chefe dos exércitos de Israel sabia contar a
respeito dessas muralhas. Foi a discórdia entre os homens enviados
para espiar a terra de Canaã (Nm.13 e 14)que lhe deu a liderança do
povo juntamente com Calebe. A discórdia põe em risco os
melhores projetos. A Palavra de Deus pergunta claramente:
“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?”(Am. 3.3).
Toda discórdia é perniciosa. Trás prejuízos enormes para o grupo.
Perdas irreparáveis. Homens que são peças fundamentais muitas
vezes deixam o grupo por discórdias.Falta de Unidade Uma
muralha dessas pode fazer muita diferença. A ordem do Senhor
previa uma unidade nas ações. Todos os homens de guerra, sete
dias, sete sacerdotes; sete trombetas de chifre; sete vezes. Rodear a
cidade. Se não houvesse unidade entre estas ações não haveria
sucesso. Eis uma das razões do fracasso de muitos grupos.
Uma muralha aparentemente intransponível que precisa ser
derrubada.
II OBEDIÊNCIA
Conforme dito no item anterior, a ordem dada por Deus seguia um
determinado caminho:
Preparação Todos os homens de guerra, deveriam estar preparados
para entrar em ação. Esta preparação se faz necessária em todos os
níveis de nossa caminhada. Sem preparação não se alcançam os
objetivos desejados.
Seguir a exatidão de Deus - sete dias, sete sacerdotes; sete
trombetas de chifre; sete vezes. Em todos os textos que lemos sobre a
exatidão de Deus, podemos ter certeza que menos ou mais não seria
eficaz. Se Naamã, o leproso, (2 Rs.5.1-27; Lc.4.27)se banhasse seis
vezes no Jordão seria curado? Deus é perfeito e exige que seu povo
também o seja. Se Israel tomasse a iniciativa de desobedecer a ordem,
e ao invés de sete sacerdotes, colocasse seis deles com seis trombetas
por seis dias e no sexto dia rodeasse a cidade por seis vezes, nada
aconteceria.
Obedecer a ordem Rodear a cidade. Era necessário que se fizesse o
trajeto completo. Deus faria o resto. O dever do povo era rodear a
cidade. A ordem do Senhor exigia uma obediência. Quem sabe o
que esteja faltando em nós hoje seja obedecer ao Senhor e rodear a
cidade? Temos orado e nada acontece! Pense nisso!
Crer na promessa Josué ouviu da boca do Senhor: “Olha, entreguei
na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes”. (6.2). Um homem
comum, natural, em suas reações carnais poderia duvidar desta
afirmativa. Há muitos que o fazem. Não crêem que Deus possa fazer
promessas e as cumprir. Pela obediência de Josué e seu exército as
muralhas vieram ao chão. O povo tomou a cidade e ninguém lhe pôde
resistir.
Conclusão:
Por que as coisas pareciam fáceis para Josué e seu povo? É que a
presença do Senhor nunca se apartou desta batalha. A Arca de Deus
era levada à frente do exército. O próprio Deus se fazia presente
junto ao seu povo.
As muralhas que se apresentam em nossa vida só podem ser
derrubadas com a presença de Deus, através de intensa
Santificação e irrestrita obediência . RV.Navir s.souza

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