sexta-feira, 17 de junho de 2011

Antropologia Bíblica Criados à imagem de Deus.



Criados à imagem de Deus: Quem sou eu?
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Criados à imagem de Deus Embora Deus soubesse tudo o que os seres humanos se tornariam e fariam, até mesmo a nossa queda em pecado, a primeira coisa que a Bíblia diz a nosso respeito (Gn 1.26-27, repetido em 5.1; 9.6; 1 Co 11.7; Tg 3.9) é que somos seme­lhantes a Deus de maneiras que não se aplicam a nenhuma outra criatura. No hebraico, a expressão “à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26) significa que Deus criou os seres humanos para serem sua imagem e seme­lhança. Somos “portadores da imagem” de Deus, mas não de uma maneira que essa característica possa ser separada de nós. Antes, somos, intrínseca e irrevogavelmente, sua imagem e semelhança.

Tradicionalmente, a teologia reformada tem enfatizado várias dimensões importantes do que essa expressão signi­fica. João Calvino usou as cartas paulinas para ressaltar que ser a imagem Deus está intimamente relacionado a tornar-se como Cristo, “em justiça e retidão” (Ef 4.24). Os cristãos se revestem “do novo homem que se refaz para o pleno conhe­cimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10). E verdade que somos imagens distorcidas de Deus, cor­rompidas pelo pecado, mas, em Cristo, somos restaurados à bondade original que caracterizava Adão e Eva no jardim. Outros teólogos reformados enfatizam que todas as pessoas são como Deus no sentido de que todos nós somos criatu­ras pessoais, racionais, criativas e morais. Sem dúvida, todos esses conceitos são verdadeiros e valiosos.

No entanto, o contexto imediato de Gn 1.27-28 tem muito mais a nos ensinar acerca da imagem de Deus. No contexto histórico antigo, ser uma imagem de Deus era as­sociado a ser um filho real de Deus. Acreditava-se que os reis eram filhos dos deuses, imbuídos da honra de garantir que a vontade do céu fosse feita na terra. Esse conceito fazia parte do plano de Deus para os reis de Israel, que também eram chamados de filhos de Deus (1 Cr 28.6; Sl 2.7). Em Gênesis, porém, ocorre uma ampliação radical desse con­ceito de filho ou imagem de Deus: a expressão “imagem de Deus” é aplicada a todos os seres humanos, "homem e mulher os criou" (Gn 1.27).

Assim, na visão bíblica, todos os seres humanos rece­bem a honra e o valor outrora atribuídos somente à reale­za (Sl 8.3-8). Todas as pessoas foram colocadas no mundo para demonstrar a glória do verdadeiro Deus vivo, o gran­de Rei do universo, ao realizar a sua vontade na terra. Na teologia reformada, esse papel dos seres humanos é chamado, com frequência, de “mandato cultural”, referindo-se à bênção e responsabilidade que nos cabe de desenvolver a cultura sob o senhorio de Cristo (Gn 1.28-30). Essa missão se cumpre plenamente em Jesus, que orde­nou ao seu povo fiel, a imagem redimida de Deus, que cumprisse o mandato cultural por meio do “mandato do evangelho”, proclamando o nome de Cristo por todo O mundo (Mt 28.18-20).

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Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, pág. 10, 2ª Edição Revista e Ampliada.



Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/antropologia-biblica/criados-a-imagem-de-deus-quem-sou-eu-biblia-de-estudo-de-genebra.html#ixzz3DodoGNzc

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